"No meio do caminho tinham Letras", por Rodrigo Gonçalves
Meu nome é Rodrigo Gonçalves, estudante de Letras – Língua Portuguesa. Sou formado em Sistemas para Internet, mas não atuo na área. Neste pequeno relato vou explicar como vim parar no curso de Letras mesmo tendo outra formação, explicando o porquê da mudança.
Meu nome é Rodrigo Gonçalves, estudante de Letras – Língua Portuguesa. Sou formado em Sistemas para Internet, mas não atuo na área. Neste pequeno relato vou explicar como vim parar no curso de Letras mesmo tendo outra formação, explicando o porquê da mudança.
Trabalho há 13 anos no ramo editorial, especificamente em
livros didáticos da educação básica, comecei como iconógrafo - profissional
responsável pelas imagens que irão compor um projeto editorial, seleção e
tratamento de cor. Após 2 anos, fui designado à função de diagramador,
profissional que tem o trabalho de unir textos e imagens em um projeto gráfico
formando o livro. Os livros bonitinhos com suas páginas, textos e imagens em
harmonia tem a mão de um diagramador. Nessa função passei 6 anos, trabalhava
com criação e designer dos livros, estendendo-se ao material de divulgação,
físico e digital web.
Durante minha infância e adolescência não tive muita
familiaridade com os livros, não fui um leitor assíduo, exceto por gibis,
histórias em quadrinhos; minhas leituras se resumiam a este universo. Não tive
referências e nem a escola me incentivou para isso. Por ironia da vida, fui
trabalhar em uma empresa que faz livros. Minha atividade inicialmente se
resumia ao visual, ao externo, não adentrava ao conteúdo propriamente do
“produto”.
A minha convivência com profissionais da educação na
editora me fez enxergar o mundo dos livros na sua concepção, escrita/reescrita,
com objetivos de atingir o leitor. Na minha função de diagramador, trabalhava
com professoras escritoras e essa convivência se revelou atraente. Assim,
comecei a fazer leituras de livros sobre educação, processos editoriais, trocar
experiências e ideias com pessoas que tinham o livro como “meio de vida”. Após
alguns anos me vi submerso nesse processo e procurei um curso que me
capacitasse mais no meu trabalho. Inicialmente pensei em fazer o curso de
pedagogia, fiz o vestibular, passei no processo de seleção, mas não me
matriculei. Algo me fez enxergar que o curso de Letras tinha mais a agregar, a licenciatura
acrescentaria ao meu currículum o que eu pensei em trilhar. Mas algo foi
determinante para esse pensamento. Em 2012 tive a experiência de dar aulas de
informática para turma do EJA e aquilo, para mim, foi mágico. Estar à frente de
uma turma, ministrando aulas para alunos que esperavam receber informações que
acrescentariam às suas vidas foi algo que me encantou e me mostrou como é
prazeroso e de grande responsabilidade a profissão de um professor.
Após ingressar no curso de Letras, fui promovido à função
de Editor, profissional responsável pela recepção dos textos que os autores
escrevem, ler, editar, preparar modificações e idealizar projetos gráficos que
se encaixem no livro projetado.
Hoje estou no 7 período do curso
de Letras e há 2 anos e meio como editor de Livros didáticos. Tenho planos de
no futuro de lecionar juntamente com minha função de editor. Creio que esta
formação possibilitará diversas oportunidades.
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